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Santíssima Trindade, Solenidade

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Antífona de entrada

Bendito seja Deus Pai e seu Filho Unigênito, com o Espírito Santo, porque mostrou-nos a sua misericórdia.
Caritas Dei diffúsa est in córdibus nostris, allelúia: per inhabitántem Spíritum eius in nobis, allelúia, allelúia. Ps. Bénedic ánima mea Dómino: et ómnia quae intra me sunt, nómini sancto eius. (Rom. 5. 5; 10, 11; Ps. 102)
Vernáculo:
O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo seu Espírito que habita em nós, aleluia. (Cf. MR: Rm 5, 5; cf. 8, 11) Sl. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! (Cf. LH: Sl 102, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso admirável mistério. Concedei-nos, na profissão da verdadeira fé, reconhecer a glória da Trindade e adorar a Unidade na sua onipotência. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Pr 8, 22-31


Leitura do Livro dos Provérbios


Assim fala a Sabedoria de Deus: 22“O Senhor me possuiu como primícia de seus caminhos, antes de suas obras mais antigas; 23desde a eternidade fui constituída, desde o princípio, antes das origens da terra. 24Fui gerada quando não existiam os abismos, quando não havia os mananciais das águas, 25antes que fossem estabelecidas as montanhas, antes das colinas fui gerada.

26Ele ainda não havia feito as terras e os campos, nem os primeiros vestígios de terra do mundo.

27Quando preparava os céus, ali estava eu, quando traçava a abóbada sobre o abismo, 28quando firmava as nuvens lá no alto e reprimia as fontes do abismo, 29quando fixava ao mar os seus limites — de modo que as águas não ultrapassassem suas bordas — e lançava os fundamentos da terra, 30eu estava ao seu lado como mestre-de-obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo, em sua presença, 31brincando na superfície da terra, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 8, 4-5. 6-7. 8-9 (R. 2a)


℟. Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!


— Contemplando estes céus que plasmastes e formastes com dedos de artista; vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?” ℟.

— Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes: ℟.

— as ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas. ℟.


https://youtu.be/iTQewUOXPjE

Segunda Leitura — Rm 5, 1-5


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos: 1Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 2Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus.

3E não só isso, pois nos gloriamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, 4a constância leva a uma virtude provada, a virtude provada desabrocha em esperança; 5e a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Divino, ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém. (Cf. Ap 1, 8) ℟.

Evangelho — Jo 16, 12-15


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora.

13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.

14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Benedíctus sit Deus Pater, unigenitúsque Dei Fílius, Sanctus quoque Spíritus: quia fecit nobíscum misericórdiam suam. (Cf. Tob. 12, 6)


Vernáculo:
Bendito seja Deus Pai e seu Filho Unigênito, com o Espírito Santo, porque mostrou-nos a sua misericórdia. (Cf. MR)

Sobre as Oferendas

Senhor nosso Deus, nós vos pedimos, santificai, pela invocação do vosso nome, esta nossa humilde oferenda, e por meio dela, tornai-nos uma dádiva perene para vós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá, ó Pai! (Gl 4, 6)
Benedícimus Deum caeli, et coram ómnibus vivéntibus confitébimur ei: quia fecit nobíscum misericórdiam suam. (Tob. 12, 6; ℣. Cant. Tobiae 13, 1. 3. 5. 6. 8. 9. 10 vel cant. Danielis 3, 52ab. 52cd. 53. 54. 55. 56. 57)
Vernáculo:
Bendizei a Deus e celebrai-o diante de todos os viventes, por todos os benefícios que ele vos fez. (Cf. Bíblia CNBB: Tb 12, 6)

Depois da Comunhão

Senhor nosso Deus, proclamando nossa fé na Trindade eterna e santa e na sua indivisível Unidade, nós vos pedimos que a comunhão neste sacramento nos sirva para a salvação do corpo e da alma. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 15/06/2025


O Mistério íntimo de Deus


Quando o Pai e o Filho se contemplam a si mesmos, entre eles surge um amor especial, que, por proceder do Pai e do Filho, tem a mesma natureza divina que eles. Isso dá origem à terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo, que é o Amor Eterno entre o Pai e o Filho.

Queridos irmãos e irmãs, nesta retomada do Tempo Comum, depois da Solenidade de Pentecostes, que encerra o Tempo Pascal, celebramos outra solenidade, desta vez não só do Espírito Santo, mas a da Santíssima Trindade.


Esse é o mistério mais íntimo de Deus, não revelado explicitamente no Antigo Testamento, mas reservado para o Novo, para a Aliança Nova e Eterna. É o mistério da família íntima de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo.


Como é que se explica este mistério? A resposta mais simples seria a de que não há resposta aqui nesta vida, em que nossa pobre inteligência fica muito curta para explicar, mas a teologia, com todo o seu esforço, diz o seguinte:


Deus Pai se conhece a si mesmo e gera uma ideia perfeitíssima de si, igual a Ele em natureza. É o Verbo, no qual está espelhada sua própria vida, sua própria beleza, sua mesma imensidão, sua mesma eternidade e todas as suas infinitas perfeições; esse Verbo é seu Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade.


Quando o Pai e o Filho se contemplam a si mesmos, entre eles surge um amor especial, que, por proceder do Pai e do Filho, tem a mesma natureza divina que eles. Isso dá origem à terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo, que é o Amor Eterno entre o Pai e o Filho.


Esta é uma pobre explicação, mas que não desfaz nada do grande mistério de três pessoas divinas distintas em um só Deus.


Mas a celebração de hoje pode nos despertar certa surpresa, uma vez que em nossas orações sempre invocamos a Santíssima Trindade, inclusive nos sacramentos e, de modo especial, na Santa Missa. Que necessidade há, então, de celebrar a Solenidade da Santíssima Trindade?


A Igreja, muito sábia e adoradora, quer, neste domingo, fazer menção explícita às três pessoas eternas e igualmente adoráveis em um só Deus Eterno, Vivo e Verdadeiro.


Deus é infinitamente feliz e não precisa das criaturas, que não podem acrescentar em nada sua glória e sua felicidade intrínseca. Mas Deus é amor (1Jo 4,16) e o amor é comunicativo, tende a se comunicar, a se doar. Como afirmam os filósofos, Deus é o bem infinito que tende ou procura se expandir: “O bem é difusivo de si mesmo.” Essa é a razão da criação: Deus, o bem infinito, comunica sua bondade criando outros seres.


Na Anunciação, o Anjo disse à Nossa Senhora: “Alegra-te, Maria, o Senhor está contigo.” Deus, Uno e Trino, habita na alma através da graça e da caridade. Toda a nossa vida espiritual não deve ser outra coisa que crescer nessa relação de intimidade com Deus presente e agindo em nós.


Sabemos que toda a atividade de Deus é própria da natureza divina, comum, portanto, às três pessoas. Por apropriação, falamos do Espírito Santo quando nos referimos a esta presença e atuação de Deus na nossa alma, mas são as três pessoas divinas que habitam e atuam na alma.


Deus está na alma do justo, em toda parte, em cada criatura, em tudo o que existe. Mas de maneiras diferentes. A diferença está nas diferentes formas como atua num e noutro lugar. Quando dizemos que a Trindade está na alma em graça, que a habita, queremos dizer, precisamente, que nela está presente e atua de modo especial, único, irrepetível, que não é o mesmo modo como atua em todos os outros seres. E como é essa presença?


1. Primeiramente, devemos dizer que é uma presença viva, porque as pessoas divinas são pessoas vivas. Isto é visto magnificamente na vida dos primeiros cristãos, narrada pelos Atos dos Apóstolos. Lembremo-nos de que o que ali se diz, atribuindo-o ao Espírito Santo, é atribuível a toda a Trindade. Pois bem, o Espírito Santo desceu em Pentecostes, tomou posse visivelmente dos seus apóstolos e iniciou a sua ação através deles no mundo das almas, para construir a Igreja. Os apóstolos transmitem o Espírito Santo pela imposição das mãos, fazem milagres com as suas orações e até com a sua sombra. Simão, o mago, atraído por tais prodígios, até propôs comprar com dinheiro aquele maravilhoso poder. O Espírito Santo arrebatou Filipe depois de batizar o ministro da rainha de Candace, moveu as deliberações dos apóstolos reunidos no primeiro concílio, para que dissessem: “Assim pareceu ao Espírito Santo e a nós” (At 15,28).


O Espírito Santo vive em seus fiéis. São Paulo repete muitas vezes: “Não sabeis que sois o Templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16); “Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?” (1Cor 6,19).


Esta presença é tão importante que dela surgem para nós novas exigências morais: “Já não vos pertenceis”, diz São Paulo. Pertencemos a um Outro. Na Segunda Carta aos Coríntios, ele diz: “Como conciliar o Templo de Deus e os ídolos? Porque somos o Templo de Deus vivo, como o próprio Deus disse: Eu habitarei e andarei entre eles, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Lv 26,11s; 2Cor 6,16).


2. A Trindade, nosso objetivo. Esta presença da Trindade em nossas almas deve tornar-se o objeto da nossa atividade e dos nossos desejos. Deus se dá, e se dá totalmente. Para quê? Para que possamos retribuir, ou seja, possamos fazer dele objeto de nossos atos de conhecimento e amor. Como é possível que a nossa pobre inteligência e a nossa vontade ferida possam compreender e amar a Deus? Pela graça e pelas virtudes que dela brotam: caridade, fé e esperança.


Mas podemos nos perguntar: Por que as pessoas divinas vêm à alma? Santo Tomás responde dizendo: se “dá” algo quando queremos que esse “algo” seja “possuído” por alguém: “Se algo é dado, é para que alguém o tenha.” Mas Santo Tomás acrescenta ainda mais, dizendo que só temos “aquilo que podemos usar e desfrutar livremente.” Portanto, as pessoas divinas nos são dadas (ou seja, Deus se dá a nós) para as possuirmos e as desfrutarmos. E para isso recebemos a graça: este dom criado aperfeiçoa a criatura racional para que possa possuir as pessoas divinas. Diz Santo Tomás: “A graça santificante dispõe a alma a ter a pessoa divina”; e em outro lugar diz: “Pelo dom da graça santificante, a criatura racional é aperfeiçoada não apenas para usar livremente esse dom criado, mas para desfrutar da própria pessoa divina.”


Nisto consiste a perfeição na vida espiritual e toda a vida espiritual: crescer na relação com a Santíssima Trindade. Essa presença existe desde o primeiro momento em que a alma está em graça, mas no início a sua presença é obscura, silenciosa. À medida que a alma se aperfeiçoa e se desapega das coisas mundanas, acontece o que Santa Teresa relata no Livro das Moradas: Deus se revela mais dentro da alma, como se brincasse, se ocultando e se revelando e se fazendo desejar mais, até chegar à total transformação.


3. Presença triunfante. A presença da Trindade e a relação da alma com ela, quando atinge a perfeição, torna-se o grande triunfo de Deus na alma e se manifesta na fecundidade que imprime nela. Fecundidade em que sentido? Em dois sentidos:


a) No movimento em direção a Deus. A caridade difusa nas almas pelo Espírito Santo move irresistivelmente a alma a voltar para Deus. Esta é a oração de Jesus na Última Ceia, como nos diz São João no seu Evangelho: “Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: ‘Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado’” (Jo 17,1-5). Retornar a seu princípio, esse é o desejo do amor filial: voltar para Deus.


b) No movimento em direção às almas. Se no seio da mesma Trindade o amor o fizer sair de si mesmo, o mesmo efeito produzirá nas almas onde Ele habita. “Deus amou o mundo de tal maneira, diz São João, que lhe deu o seu Filho único” (Jo 3,16). A encarnação é o movimento “ad extra” do amor intratrinitário. A ação mais elevada do Deus Trino na alma é o zelo apostólico. Foi assim que todos os santos experimentaram. Santa Teresa conta-o referindo-se ao efeito que a escuta das histórias das façanhas dos evangelizadores teve sobre ela. No Livro das Fundações, diz: “Este Padre veio das Índias, há pouco. Ele começou a me contar sobre os muitos milhões de almas que ali se perderam por falta de doutrina, e nos deu um sermão falando e encorajando à penitência, e fiquei tão angustiada com a perda de tantas almas que fui a um eremitério com muitas lágrimas, clamando a Nosso Senhor, implorando-lhe que me desse uma maneira de fazer algo para ganhar alguma alma para o seu serviço, pois tantas eram as levadas pelo demônio; e que a minha oração pudesse fazer alguma coisa, já que não dava para mais do que isso. Tinha muita inveja daqueles que podiam, pelo amor de Nosso Senhor, empregar-se nisso, mesmo que acontecessem mil mortes. Acontece-me, que quando na vida dos santos lemos que converteram almas, tenho muito mais devoção e mais ternura e mais inveja do que todos os martírios que sofrem, porque esta é a inclinação que Nosso Senhor me deu; parece-me que uma alma é mais preciosa pela nossa indústria e oração, através da sua misericórdia, do que todos os serviços que lhe podemos fazer” (Fundações, I,7).


Meus irmãos, celebrar este mistério augusto da Santíssima Trindade é um convite a entrar em intimidade com essa mesma Trindade. É recordar e viver o mistério das três pessoas divinas habitando em nós e querendo se relacionar conosco. É lembrar que devemos dar glória a Deus no mais íntimo de nós e de nossas ações, que devemos buscar a santificação de nossa alma e a salvação dos irmãos.


Todos os nossos desejos devem ser no sentido de buscar cada vez mais intimidade com a Santíssima Trindade, que habita o fundo de nossas almas. Que todos os nossos anseios, a finalidade da nossa vida como cristãos, estejam voltados a agradar à Santíssima Trindade. Buscar relacionamentos espirituais e oração com Deus, que está presente em tudo, até no fundo das nossas almas. Deus está presente nas almas dos justos que estão em graça.


Que a Santíssima Virgem, aquela obra-prima da Santíssima Trindade, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo, nos conceda esta graça.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | Nosso relacionamento com a Trindade Santa (Solenidade da Santíssima Trindade)

Deus é um só em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Essa verdade revelada, ainda que envolva números, está muito longe de ser um “teorema matemático” ou uma fórmula abstrata. Afinal, o próprio Verbo divino se fez carne e habitou entre nós para que pudéssemos nos relacionar com Ele e participar de sua Bem-aventurança eterna.Ouça a homilia dominical do Padre Paulo Ricardo e perceba como acontece o nosso relacionamento com a Santíssima Trindade.


https://youtu.be/2TOF5ENOLP8

Santo do dia 15/06/2025

São Vito, Mártir (Memória Facultativa)
Local: Lucânia, Itália
Data: 15 de Junho † data inc.


Vito foi um dos santos mais populares da Idade Média. Testemunho disso é a sua inserção no limitado grupo dos Santos Auxiliadores (os catorze ou quinze, conforme os lugares), cuja intercessão era considerada particularmente eficaz, por ocasiões de doenças ou necessidades características. Como é talvez conhecido, os catorze Santos Auxiliadores estavam dispostos em ordem alfabética: Acácio, Bárbara, Brás, Catarina de Alexandria, Ciríaco, Cristovão, Dionísio, Egídio, Erasmo, Eustáquio, Jorge, Margarida, Pantaleão e Vito. São Vito era invocado sobretudo para esconjurar a coreia, ou dança de são Vito, a letargia, a mordida de animais venenosos e a hidrofobia.

A figura de são Vito foi envolvida pela lenda, que se caracterizou na fantasiosa Paixão redigida no século VII, e agora torna-se impossível distinguir o que é verdadeiro e o que é lendário, embora seja possível precaver-se das grosseiras invenções. É com este espírito que os especialistas que redigiram o Calendário reformado formularam a respeito de 15 de junho a seguinte nota: “A memória de são Vito, mártir de Lucânia, embora antiga, fica reservada a calendários particulares. Modesto e Crescência porém, ao que parece, são pessoas fictícias, cujos nomes foram inscritos no Calendário romano no século XI’’.

A lenda é muito conhecida: Vito, siciliano de nascimento, com apenas sete anos já é cristão convicto e começa a operar vários prodígios. O presidente Valeriano ordena sua prisão e tenta com adulações e com ameaças fazê-lo apostatar. Mas de nada valem também os desesperados apelos de seu próprio pai, pagão obstinado. O pequeno Vito tem ao seu lado o exemplo de coragem e fidelidade, o pedagogo Modesto e a nutriz Crescência. Os três foram milagrosamente libertados por um anjo e puderam se retirar para Lucânia, onde continuaram a dar testemunho da sua fé com palavras e prodígios. A fama de são Vito chegou até aos ouvidos de Diocleciano, cujo filho (fantasia da Paixão) estava doente epilético, doença então impressionante.

São Vito foi levado a Roma, curou o moço e por recompensa foi torturado e jogado novamente no cárcere. Mas o anjo liberta-o e finalmente, voltando a Lucânia, Vito pôde dar juntamente com Modesto e Crescência o supremo testemunho do martírio. Não obstante o verniz lendário, São Vito, talvez não tanto como menino nem como taumaturgo, continua estimulando a vivência cristã de tantos que leram seu nome.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Vito, rogai por nós!



Beata Albertina Berkenbrock, Virgem e Mártir (Memória Facultativa)
Local: Santa Catarina, Brasil
Data: 15 de Junho † 1931


Albertina Berkenbrock nasceu em 11 de abril de 1919 em São Luís, Imaruí, Santa Catarina, Brasil. Foi batizada em 25 de maio de 1919 e confirmada em 9 de março de 1925. Fez a Primeira Comunhão em 16 de agosto de 1928.

Albertina cresceu em uma família devota. Ela voluntariamente ajudou seus pais em casa e na terra.
Desde cedo aprendeu a rezar com profunda devoção e era forte na prática da sua fé católica. Ela falou do dia da Primeira Comunhão como o dia mais lindo de sua vida e teve especial devoção a Nossa Senhora e a São Luís Gonzaga, modelo de pureza e padroeiro de São Luís.

Na escola Albertina era modelo para os colegas e motivo de admiração dos adultos. Seus professores elogiaram especialmente sua espiritualidade e moral, superiores às crianças de sua idade. Ela era uma estudante diligente que conhecia o seu Catecismo e guardava os Mandamentos de Deus.

Em casa, quando seus irmãos a provocavam e insultavam, como fazem os irmãos, ela não retaliava. Com sua educação cristã, até mesmo as brincadeiras infantis que ela praticava refletiam seu profundo senso religioso. Ela brincava alegremente com as crianças mais pobres e repartia com elas o pão.

Em casa, ela era especialmente amorosa com os filhos de um funcionário de seu pai; embora desconhecido para ela, aquele homem se tornaria seu futuro assassino.

Chamava-se Maneco Palhoça mas também era conhecido como Indalício Cipriano Martins ou como Manuel Martins da Silva. Albertina muitas vezes dava comida não só aos filhos, mas também a ele. Como Maneco era africano e o racismo ainda era uma grave doença social, a bondade da jovem era especialmente notável.

Um dia, quando Albertina procurava um boi fugitivo, encontrou Maneco carregando feijão em sua carroça. Quando ela lhe perguntou se ele tinha visto o boi, ele apontou na direção errada para atraí-la para um lugar onde pudesse satisfazer sua luxúria sem atrair atenção.

Inocentemente, Albertina seguiu as indicações de Maneco e chegou a um bosque. Ao ouvir o estalar de gravetos, ela se virou, pensando que fosse o boi, e se viu cara a cara com Maneco. Ela estava petrificada.

Ele a informou de suas intenções, mas ela o recusou firmemente. Albertina lutou muito por sua virtude. Mesmo quando ele a jogou no chão, ela fez o possível para se cobrir. Furioso por ter sido derrotado moralmente pela jovem, Maneco agarrou-a pelos cabelos e cortou-lhe a garganta com uma faca.

Maneco tentou encobrir seu crime. Ele disse ter descoberto o corpo dela e acusou um homem chamado João Candinho de matá-la, que protestou em vão sua inocência. Mas as pessoas ficaram desconfiadas porque, quando Maneco passava pela sala onde estava o corpo de Albertina, testemunhas disseram que toda vez que ele se aproximava do corpo dela, o sangue escorria do corte em seu pescoço.

Dois dias depois, o prefeito de Imaruí mandou chamar João Candinho. O oficial pegou um crucifixo e junto com Candinho e outros, foi até a casa de Albertina. Colocou o crucifixo no peito dela, mandou João Candinho colocar as mãos no crucifixo e jurar que era inocente. Diz-se que naquele mesmo instante a ferida no pescoço parou de sangrar.

Maneco tentou fugir, mas foi preso. Ele confessou seu crime, bem como dois outros assassinatos. Ele foi julgado, condenado e condenado à prisão perpétua. Na prisão, ele admitiu aos seus companheiros de prisão que assassinou Albertina porque ela resistiu às suas tentativas de estupro.

Este testemunho dos seus próprios lábios é fundamental para determinar este como um verdadeiro martírio. A reação de Albertina é inequívoca, pois preferiu morrer a submeter-se.

No mesmo dia da morte de Albertina, a jovem foi popularmente proclamada mártir porque todos os que a conheciam podiam testemunhar a sua educação cristã, o seu bom comportamento, a piedade e a caridade.

A sua reputação de mártir foi confirmada quando a parteira local que examinou o seu corpo afirmou que a tentativa de violação não foi um sucesso.

Pouco depois, começaram a falar das graças recebidas por intercessão de Albertina.

Foi sepultada no cemitério de São Luís, mas devido à fama do seu martírio e aos favores obtidos por sua intercessão, seu corpo foi posteriormente colocado na Igreja de São Luís.

Fonte: vatican.va

Beata Albertina Berkenbrock, rogai por nós!


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