Meditação de hoje 17/06/2025 Meditação
A prática do amor a Jesus Cristo
Santo Afonso Maria de LigórioCapítulo I - Quanto Jesus Cristo, por sua Paixão, merece ser amado
Amor que impele
São Paulo, apaixonado por Jesus Cristo, diz com razão: “A caridade de Cristo nos constrange” (2Cor 5,14). E ele se refere não tanto ao que Cristo sofreu, mas ao amor que nos mostrou em seus sofrimentos. É isto que nos obriga e quase nos força a amá-lo. Sobre isso diz São Francisco de Sales: “Jesus, verdadeiro Deus, amou-nos até sofrer por nós a morte na cruz. Não é isto como que ter nosso coração debaixo de uma prensa? Como que senti-lo apertar com vigor e espremer amor com uma força que é tanto mais forte quanto mais amável? Por que não abraçamos Jesus Cristo Crucificado para morrer na cruz com Ele? Ele quis morrer nela por nosso amor. Eu o abraçarei, deveríamos dizer, e não o abandonarei jamais. Morrerei com Ele, abrasar-me-ei nas chamas de seu amor. Um mesmo fogo consumirá este divino Criador e sua miserável criatura. Cristo se dá todo a mim e eu me entrego todo a Ele. Viverei e morrerei sobre seu coração: nem a vida, nem a morte me separarão dele. Ó Amor Eterno, minha alma vos busca e vos acolhe para sempre. Vinde, Espírito Santo, inflamai nossos corações em vosso amor. Ou amar ou morrer! Morrer a qualquer outro amor, para viver no amor de Cristo. Salvador dos homens, fazei que cantemos eternamente: viva Jesus, a quem amo. Amo a Jesus que vive nos séculos dos séculos” (S. Francisco de Sales, Tratado do Amor de Deus, 1. 7, c. 8 e 1. 12, c. 13. 24 Lc 12,50)
O amor de Jesus Cristo aos homens era tanto que desejava a hora de sua morte para lhes mostrar o afeto que lhes tinha. Por isso, com frequência, repetia em sua vida: “Devo receber o batismo, e quanto o desejo até que ele se realize” (Lc 12,50).
São João fala daquela noite em que Jesus Cristo começou sua paixão: “Sabendo que chegara sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). O Redentor chamava aquela hora de “sua hora”, porque o tempo de sua morte era o tempo desejado por Ele. Queria dar aos homens a última prova de amor, morrendo por eles em uma cruz, consumido de dores.
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