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Glorias de Maria

Santo Afonso Maria de Ligório

Parte I - Capítulo IV - A vós bradamos, os degredados filhos de Eva

O demônio tem medo da Mãe de Deus - Parte 2 - O poder de Maria para defender os que a invocam nas tentações do demônio

Oh! quanto tremem de Maria e de seu grande nome os demônios do inferno! observa Conrado de Saxônia. Ele os compara àquele inimigo de que fala Job: Arromba nas trevas as casas...; se de súbito aparece a aurora, crê que é a sombra da morte (24, 16, 17). Aproveitando as trevas, vão os ladrões roubar nas casas, mas, quando surge a aurora, fogem como se lhes aparecesse a imagem da morte. Assim também, continua Conrado, penetram os demônios na alma, quando a obscurece a ignorância. Mas, no momento em que surge a aurora, isto é, a graça e a misericórdia de Maria, dissipam-se as trevas e dela fogem os inimigos infernais, como diante da morte. Bem-aventurado, pois, aquele que nos assaltos do inferno invoca sempre o belo nome de Maria!

Para confirmar o que dizemos, sirva uma revelação feita a S. Brígida. Deus concedeu a Maria um poder muito grande sobre todos os demônios. Sempre que eles atacam algum devoto da Virgem, e este a invoca em seu auxílio, basta um aceno de Maria para que fujam aterrorizados. Preferem até ver redobrados os seus suplícios a sentirem-se dominados pelo poder de Maria.

O celeste Esposo louvou esta sua Esposa e chamou-lhe lírio, dizendo: Como o lírio entre os espinhos, assim é minha amiga entre as virgens (Ct 2,2). Como o lírio é um antídoto contra as serpentes e os venenos, reflete Cornélio a Lápide, assim é a invocação do nome de Maria, singular remédio para vencer todas as tentações, especialmente contra a pureza, como o ensina a experiência.

Cosmas de Jerusalém assim se dirige a Maria: Ó Mãe de Deus, se confiar em vós, não sereis certamente vencido; pois, defendido por vós, perseguirei meus inimigos; triunfarei com certeza, opondo-lhes como escudo a vossa proteção e o vosso onipotente patrocínio. Entre os Padres Gregos escreve Jacob, monge: Senhor, vós nos destes nesta Mãe poderosíssima arma com a qual vencemos seguramente todos os nossos inimigos.

Lemos no antigo Testamento que o Senhor guiava o seu povo na saída do Egito, de dia por meio de uma coluna de nuvem, e à noite por uma coluna de fogo (Êx 13,21). Esta maravilhosa coluna, ora de nuvem ora de fogo, era, no dizer de Ricardo de S. Lourenço, figura de Maria e dos dois ofícios que exerce continuamente para nosso bem.

Como nuvem protege-nos dos ardores da divina justiça; como fogo defende-nos contra os demônios. Assim como a cera se derrete ao calor do fogo, acrescenta Conrado da Saxônia, também perdem os demônios toda a força sobre as almas que, lembradas do nome de Maria, a invocam com frequência e principalmente procuram imitá-la.


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Glorias de Maria
(Santo Afonso Maria de Ligório)
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