2ª feira da 33ª Semana do Tempo Comum
Memória Facultativa
Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo, Apóstolos
Antífona de entrada
Vernáculo:
Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis e hei de escutar-vos, e de todos os lugares reconduzirei vossos cativos. (Cf. MR: Jr 29, 11. 12. 14) Sl. Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. (Cf. LH: Sl 84, 2)
Coleta
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça de sempre nos alegrar em vosso serviço, porque só alcançaremos duradoura e plena felicidade sendo fiéis a vós, criador de todos os bens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — Ap 1, 1-4; 2, 1-5a
Início do Livro do Apocalipse de São João
1, 1Revelação que Deus confiou a Jesus Cristo, para que mostre aos seus servos as coisas que devem acontecer em breve. Jesus as deu a conhecer, através do seu anjo, ao seu servo João. 2Este dá testemunho que tudo quanto viu é palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo. 3Feliz aquele que lê e aqueles que escutam as palavras desta profecia e também praticam o que nela está escrito. Pois o momento está chegando. 4João às sete Igrejas que estão na região da Ásia: A vós, graça e paz, da parte daquele que é, que era e que vem; da parte dos sete espíritos que estão diante do trono de Deus. 2, 1Ouvi o Senhor que me dizia: Escreve ao anjo da Igreja que está em Éfeso: Assim fala aquele que tem na mão direita as sete estrelas, aquele que está andando no meio dos sete candelabros de ouro: 2Conheço a tua conduta, o teu esforço e a tua perseverança. Sei que não suportas os maus. Colocaste à prova alguns que se diziam apóstolos e descobriste que não eram apóstolos, mas mentirosos. 3És perseverante. Sofreste por causa do meu nome e não desanimaste. 4Todavia, há uma coisa que eu reprovo: abandonaste o teu primeiro amor. 5aLembra-te de onde caíste! Converte-te e volta à tua prática inicial. Se, pelo contrário, não te converteres, virei depressa e arrancarei o teu candelabro do seu lugar.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 1, 1-2. 3. 4 e 6 (R. Ap 2, 7b)
℟. Ao vencedor concederei comer da Árvore da Vida.
— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar. ℟.
— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. ℟.
— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte. ℟.
℣. Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8, 12) ℟.
Evangelho — Lc 18, 35-43
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas
℟. Glória a vós, Senhor.
35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41“Que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. 42Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
De profúndis clamávi ad te, Dómine: Dómine exáudi oratiónem meam: de profúndis clamávi at te, Dómine. (Ps. 129, 1. 2)
Vernáculo:
Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz! Das profundezas eu clamo a vós, Senhor. (Cf. LH: Sl 129, 1. 2)
Sobre as Oferendas
Nós vos pedimos, Senhor, concedei que a oferenda colocada sob vosso divino olhar nos obtenha a graça de vos servir e alcançar um dia a eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Em verdade vos digo: tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será, diz o Senhor. (Mc 11, 23. 24)
Vernáculo:
Em verdade vos digo: tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será, diz o Senhor. (Cf. MR: Mc 11, 23. 24)
Depois da Comunhão
Alimentados, Senhor, com os dons deste sagrado mistério, nós vos pedimos humildemente que nos faça crescer na caridade a Eucaristia que vosso Filho nos mandou celebrar em sua memória. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 18/11/2024
A cegueira de alguns católicos
“Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele: “Que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”.
O Evangelho de hoje nos convida a fazer nosso o pedido que Bartimeu, o cego de Jericó, faz a Jesus Cristo, Filho de Davi: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. De novo, sim, porque Bartimeu não era cego de nascença: tivera já a luz dos olhos, como muitos de nós, quem sabe na inocência da infância, tiveram um dia a luz sobrenatural da fé, mas a perderam com o passar do tempo, enganados por falsas razões, e talvez por uma pontada de orgulho, que nos dá sensação de sabermos mais do que Deus e a sua Igreja. À semelhança do cego Bartimeu, que não se envergonhou de manifestar em alta voz, diante de uma multidão de peregrinos, a sua cegueira, também nós devemos reconhecer que talvez nos tenhamos cegado à luz da fé, escolhendo os artigos em que vamos crer, dando mais peso ao nosso convencimento e conveniência pessoais do que à autoridade de Deus e ao Magistério da Igreja por Ele instituída. Que este dia seja o dia em que finalmente passaremos a enxergar de novo. Para isso, humilhemo-nos aos pés de Jesus Cristo e, implorando o auxílio da graça, professemos com toda a força e com toda a sinceridade que cremos em tudo o que Ele, infalível e sumamente fiável, nos revelou e ensina por meio de sua Santa Igreja Católica. Mesmo que isso nos custe, mesmo que isso exija que, como Bartimeu, subamos com Cristo de Jericó à Jerusalém dos tormentos, tenhamos a firme esperança de que essa fé nos fará um dia entrar na glória da Jerusalém celeste: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”.
Deus abençoe você!
Todas as obras de Nosso Senhor possuem, além de um sentido verdadeiramente histórico, um alcance salvífico aplicável a todos nós. Assim, ao curar o cego de Jericó, Jesus não só nos revela nossa condição de cegos e necessitados, mas também nos mostra por que caminho devemos crescer em fé e vida de oração.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, 18 de novembro, e descubra o que a fé do cego Bartimeu tem a nos ensinar.
Santo do dia 18/11/2024
Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 18 de † 1626, 1854
Nas comemorações de dedicação de igrejas sempre se comemora o mistério da Igreja formada de pedras vivas, os cristãos, que, por sua vez, formam o templo de Deus.
As quatro basílicas papais de Roma possuem comemorações de aniversário de dedicação. A dedicação de São João do Latrão é comemorada em nível de festa no Rito romano universal. A Basílica de Santa Maria Maior ou Nossa Senhora das Neves a 5 de agosto, em nível de memória facultativa. A 18 de novembro celebra-se em nível de memória facultativa a dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo.
Já no século XII se celebrava, na Basílica vaticana de São Pedro e na de São Paulo na Via Ostiense, o aniversário das respectivas dedicações, basílicas mandadas construir pelos papas Silvestre e Siríaco no século IV. Esta comemoração estendeu-se, posteriormente, a todas as Igrejas do rito romano.
Assim como no aniversário da Basílica de Santa Maria Maior se celebra a Maternidade da Santíssima Virgem Mãe de Deus, assim neste dia se veneram os dois príncipes dos Apóstolos de Jesus Cristo. Meta de incessante romaria através dos séculos, estas basílicas são sinal de unidade e da apostolicidade da Igreja de Roma.
Com esta comemoração estamos como que diante de uma terceira festa de São Pedro e de São Paulo apresentados na leitura patrística por Leão Magno como germes e patronos da Igreja de Roma. Todos os textos expressam esta dupla dimensão: São Pedro e São Paulo, as colunas da Igreja, sinais da unidade e da verdade e testemunhas e missionários da Igreja de Cristo. Se for feita a comemoração, é normal que se tomem também as leituras próprias.
A Oração coleta traduz bem o sentido da comemoração: Ó Deus, guardai sob a proteção dos Apóstolos Pedro e Paulo a vossa Igreja, que deles recebeu a primeira semente do Evangelho, e concedei que por eles receba até o fim dos tempos a graça que a faz crescer.
Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.