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Santo do dia 31/05/2025

Visitação de Nossa Senhora (Festa)
Data: 31 de Maio


Podemos dizer que aqui nós temos uma Festa conjuntamente da Virgem Maria e de Cristo no dizer de Paulo VI na Marialis cultus (cf. n. 6 e n. 7). No fundo, a Igreja comemora o mistério da manifestação do Senhor no evento da visita da Virgem Mãe à sua prima Santa Isabel. Trata-se de uma epifania do Senhor por sua Mãe, a Virgem Maria.

Ainda no seio materno, Jesus é reconhecido como Senhor por Isabel: "Donde me vem a honra que a mãe do meu Senhor venha a mim?" (Lc 1, 43). O primeiro culto prestado à Mãe de Deus, Maria, sai da boca de Isabel: "Feliz é aquela que teve fé no cumprimento do que lhe foi dito da parte do Senhor" (Lc 1,45). Maria, arca da nova aliança, é a "teófora" (portadora de Deus), saudada por Isabel como Mãe do Senhor. Na visita realiza-se o encontro entre a jovem mãe, Maria, a serva do Senhor e a anciã Isabel, símbolo de Israel que espera o Salvador. Encontram-se também dois meninos: João, o profeta precursor, que mostra o Cordeiro de Deus presente entre os homens, e Jesus Cristo, o Messias Salvador. João exulta de alegria no seio de sua mãe. Ouçamos ainda Paulo VI sobre esta festa: "Além dessas solenidades, devem ser consideradas também, antes de mais, aquelas celebrações que comemoram eventos "salvíficos", em que a Virgem Maria esteve intimamente associada ao Filho, como são as seguintes festas: a da Natividade de Maria, a da Visitação (31 de maio), em que a Liturgia recorda a bem-aventurada Virgem Maria, que leva em seu seio o Filho, a qual vai à casa de Isabel para lhe prestar o auxílio da sua caridade e proclamar a misericórdia de Deus Salvador" (MC, n. 7).

Creio que podemos realçar dois aspectos na festa da Visitação. Maria não reteve seu Filho para si mesma. O Filho tornou-se motivo de louvor e ação de graças a Deus e ao próximo. Ela, feita Mãe da Divina Graça, leva a graça, a bênção à sua prima Isabel que esperava o nascimento de seu filho. Quem é abençoado é chamado e enviado a abençoar. E Maria o fez. Ela parte para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade da Judeia, a fim de prestar um serviço àquela que, grávida em sua velhice, precisava de ajuda.

Depois, em Maria e por Maria Deus visita o seu povo, visita a humanidade, pois o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Visitar vem de ver, do latim. Não constitui um mero olhar para alguém, mas ver iteradamente, contemplar, ver a face, entrar em comunhão solidária. Isso demanda tempo, permanência com o visitado. São Francisco deu como uma das primeiras incumbências aos ministros a de "visitar os irmãos". Santa Clara, em sua Forma de Vida para as Damas Pobres, pede que as abadessas visitem as irmãs, sim, estar com as irmãs e não permanecer isolada no seu posto. Visitar os doentes e encarcerados é uma das obras de misericórdia do Evangelho (cf. Mt 25, 36). Na visita, antes de tudo, as pessoas se saúdam, como Maria fez com Isabel. Saudar vem de salus, saúde e salvação. Ao saudar Isabel, Maria levava consigo a Salvação, o seu Filho, reconhecido por Isabel como seu Senhor. E nós, sabemos visitar? Levar o Senhor para os irmãos e irmãs necessitados? Sabemos ser bênção, solidarizando-nos, estando presentes e servindo aos irmãos? A visita não pode ser apressada. É preciso permanecer, contemplar a face, solidarizar-se, colocar-se a serviço. Então, também nós teremos motivo para fazer nosso o cântico de Maria, o Magnificat.

A Oração do dia traduz bem o mistério desta festa: Ó Deus todo-poderoso, que inspirastes à Virgem Maria sua visita a Isabel, levando no seio o vosso Filho, fazei-nos dóceis ao Espirito Santo, para cantar com ela o vosso louvor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Maria, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil