2ª feira da 16ª Semana do Tempo Comum
Memória Facultativa
São Lourenço de Bríndisi, Presbítero e Doutor da Igreja
Antífona de entrada
Vernáculo:
Quem me protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta minha vida! Voltai o mal contra os meus inimigos, destruí-os por vossa verdade! Sl. Por vosso nome, salvai-me, Senhor; e dai-me a vossa justiça! (Cf. Saltério: Sl 53, 6. 7 e 3)
Coleta
Senhor, sede propício a vossos fiéis, e, benigno, multiplicai neles os dons da vossa graça, para que, fervorosos na fé, esperança e caridade, perseverem sempre vigilantes na observância dos vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — Ex 14, 5-18
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, 5foi anunciado ao rei dos egípcios que o povo tinha fugido. Então, mudaram-se contra ele os sentimentos do Faraó e dos seus servos, os quais disseram: “Que fizemos? Como deixamos Israel escapar, privando-nos assim dos seus serviços?”
6O Faraó mandou atrelar o seu carro e levou consigo o seu povo. 7Tomou seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito, com os respectivos escudeiros. 8O Senhor endureceu o coração do Faraó, rei do Egito, que foi no encalço dos filhos de Israel, enquanto estes tinham saído de braço erguido.
9Os egípcios perseguiram os filhos de Israel com todos os cavalos e carros do Faraó, seus cavaleiros e seu exército, e encontraram-nos acampados junto do mar, perto de Fiairot, defronte de Beel-Sefon.
10Como o Faraó se aproximasse, levantando os olhos, os filhos de Israel viram os egípcios às suas costas. Aterrorizados, eles clamaram ao Senhor. 11E disseram a Moisés: “Foi por não haver sepulturas no Egito que tu nos trouxeste para morrermos no deserto? De que nos valeu ter sido tirados do Egito? 12Não era isso que te dizíamos lá: ‘Deixa-nos em paz servir aos egípcios?’ Porque era muito melhor servir aos egípcios do que morrer no deserto”.
13Moisés disse ao povo: “Não temais! Permanecei firmes, e vereis o que o Senhor fará hoje para vos salvar; os egípcios que hoje estais vendo, nunca mais os tornareis a ver. 14O Senhor combaterá por vós, e vós, ficai tranquilos”.
15O Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar.
17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu serei glorificado às custas do Faraó, e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Ex 15, 1-2. 3-4. 5-6 (R. 1a)
℟. Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória!
— Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: precipitou no mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro! O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para mim libertação! Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai e o honrarei. ℟.
— O Senhor é um Deus guerreiro, o seu nome é “Onipotente”: os soldados e os carros do Faraó jogou no mar, seus melhores capitães afogou no mar Vermelho. ℟.
— Afundaram como pedras e as ondas os cobriram. Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável! Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos! ℟.
℣. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Cf. Sl 94, 8ab) ℟.
Evangelho — Mt 12, 38-42
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 38alguns mestres da Lei e fariseus disseram a Jesus: “Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti”. 39Jesus respondeu-lhes: “Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas.
40Com efeito, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. 41No dia do juízo, os habitantes de Nínive se levantarão contra essa geração e a condenarão, porque se converteram diante da pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas.
42No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará contra essa geração, e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
Iustítiae Dómini rectae, laetificántes corda, et dulcióra super mel et favum: nam et servus tuus custódiet ea. (Ps. 18, 9. 11. 12)
Vernáculo:
Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos. E vosso servo, instruído por elas, se empenha em guardá-las. (Cf. LH: Sl 18, 9a. 11. 12)
Sobre as Oferendas
Ó Deus, no único sacrifício da cruz levastes à plenitude os diversos sacrifícios da antiga lei. Aceitai esta oblação das mãos dos vossos fiéis e santificai-a, com a mesma bênção que destes à oferta de Abel, a fim de que sirva para a salvação de todos o que cada um trouxe em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Eis que estou à porta e bato, diz o Senhor; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo. (Ap 3, 20)
Vernáculo:
Uma coisa só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada. (Cf. Bíblia CNBB: Lc 10, 42)
Depois da Comunhão
Nós vos pedimos, Senhor misericordioso, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga para a nova vida aqueles que iniciastes nos mistérios do céu. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 21/07/2025
Cristo, o novo Jonas
“No dia do juízo, os habitantes de Nínive se levantarão contra essa geração e a condenarão, porque se converteram diante da pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.
V. 38-39. Alguns dos circunstantes, escribas e fariseus, diziam a Jesus: “Mestre queremos ver um sinal” do céu (cf. Lc 11, 16) “realizado por ti”, isto é, alguma visão celeste ou milagre esplendoroso, como os que se esperavam ver no tempo do Messias. Jesus porém, como afluíssem as multidões (cf. Lc 11, 29), respondeu-lhes: “Uma geração má e adúltera”, por ter rompido várias vezes a aliança firmada com Deus (cf. Is 1, 21; 50, 1; Ez 16; Os 2, 5 etc.), “busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas”, quer dizer, pedem milagres, não por desejo de conhecer a verdade, mas por vã curiosidade; no entanto, o Senhor se recusou a aceder ao pedido deles, nem lhes deu outro sinal além daquele que liam ter sido feito por Jonas. — Do v. 40 inferem alguns autores que Cristo se refere à ressurreição: “Com efeito, assim como Jonas […], assim também o Filho do Homem” etc.; Maldonado e, depois dele, a maior parte dos autores o interpretam em referência não tanto à ressurreição como à pregação do Reino de Deus, o que parece concordar melhor com os versículos seguintes e a versão paralela de S. Lucas: “Como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem o será para esta geração” (Lc 11, 30). O sinal prometido por Nosso Senhor, por conseguinte, é o próprio profeta Jonas ou, antes, a renovação em Cristo da mesma missão divina, sua milagrosa liberação da morte e a pregação do arrependimento, mas com a seguinte diferença: enquanto no tempo do primeiro Jonas os ninivitas deram dignos frutos de penitência, os fariseus se negaram a obedecer ao novo Jonas, de longe superior ao primeiro, que dele era tipo e figura. — V. 41-42. No dia do Juízo, os ninivitas e a rainha de Sabá (dos sabeus, na Arábia Feliz), indicada perifrasticamente como rainha do Sul (isto é, da parte meridional da Arábia), se levantará ressuscitada para testemunhar contra os contemporâneos de Cristo; os pagãos, com efeito, obedientes à pregação de Jonas, fizeram penitência: enquanto uma rainha veio “dos confins da terra”, isto é, de uma região longínqua, para ouvir a sabedoria de Salomão e adorar o Deus verdadeiro (cf. 1Rs 10, 1), os judeus não quiseram sequer dar ouvidos a Cristo, infinitamente maior do que Jonas e Salomão [1], por ser verdadeiramente Deus, e não um simples profeta.
Deus abençoe você!
Santo do dia 21/07/2025
São Lourenço de Bríndisi, Presbítero e Doutor da Igreja (Memória Facultativa)
Local: Lisboa, Portugal
Data: 21 de Julho † 1619
Lourenço nasceu em Bríndisi, em julho de 1559.
Conta-se que, com a idade de seis anos, pregou na Catedral da cidade natal, deixando o auditório pasmado.
Depois da morte do pai, procurou os franciscanos, com os quais ficou até os catorze anos.
Os turcos, então, ameaçaram Bríndisi, e o jovem, com a mãe, foi refugiar-se em Veneza, onde um tio se encarregou de sua educação.
Em 1575, fazia parte dos capuchinhos de Verona. Adotando o nome de Lourenço, foi noviço modesto, grave e amável. Amante da penitência, cingia-se com correntes de ferro, jejuava três dias por semana, alimentando-se somente de pão e verdura.
Meditando assiduamente os sofrimentos de Nosso Senhor, viveu em Verona até o dia em que, adoecendo, enviaram-no a Pádua, para que mudasse de ares e onde, depois da convalescença, continuasse os estudos.
Ótimo estudante, nas horas de lazer estudou o francês, o grego, o alemão, o siríaco e o hebraico.
São Lourenço principiou a pregar antes mesmo da ordenação.
Ordenado, continuou o ministério com redobrado calor. O papa Clemente VIII fê-lo pregar aos judeus de Roma durante três anos. Tendo obtido êxito incomum, graças aos bons conhecimentos que tinha do hebraico, acabou, pela cultura linguística, a percorrer a Europa: pregou na Hungria, Boêmia, Portugal, Bélgica, Suíça, Alemanha, França e Espanha.
Aplaudido, São Lourenço de Bríndisi buscava a sombra.
De 1602 a 1605 dirigiu a ordem. Sempre simples, doce e afável, assim levou a vida. Depois de ter fundado vários conventos, na Alemanha, no Tirol e na Áustria, faleceu em paz, em 1619, no dia 22 de julho, em Lisboa, onde, junto de Filipe III, tratava da causa dos napolitanos oprimidos.
São Lourenço de Bríndisi foi enterrado na Galícia. Beatificado em 1783 por Pio VI. Leão XIII canonizou-o em 1881.
Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XIII. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 11 jul. 2021.
São Lourenço de Bríndisi, rogai por nós!