10 Qua
Sep
11 Qui
Sep
12 Sex
Sep
13 Sáb
Sep
14 Dom
Sep
15 Seg
Sep
16 Ter
Sep
17 Qua
Sep
18 Qui
Sep
19 Sex
Sep
20 Sáb
Sep
21 Dom
Sep
22 Seg
Sep
23 Ter
Sep
24 Qua
Sep
25 Qui
Sep
26 Sex
Sep
27 Sáb
Sep
28 Dom
Sep

Santos Cornélio, Papa, e Cipriano, Bispo, Mártires, Memória

Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Dolorosos com imagens

Antífona de entrada

Alegram-se nos céus os santos que seguiram os passos de Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; por isso, com ele exultam eternamente.

Ou:


Por causa do Senhor homens santos derramaram seu sangue glorioso, amaram Cristo em sua vida e, na sua morte, o imitaram; por isso, mereceram coroas de vitória.
Clamavérunt iusti, et Dóminus exaudívit eos: et ex ómnibus tribulatiónibus eórum liberávit eos. Ps. Benedícam Dóminum in omni témpore: semper laus eius in ore meo. (Ps. 33, 18 et 2)
Vernáculo:
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Sl. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. (Cf. LH: Sl 33, 18 e 2)

Coleta

Ó Deus, em São Cornélio e São Cipriano destes ao vosso povo pastores dedicados e mártires invencíveis; concedei que, por sua intercessão, fortalecidos na fé e na perseverança, trabalhemos incansavelmente pela unidade da Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — 1Tm 3, 1-13


Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo


Caríssimo, 1eis uma palavra verdadeira: quem aspira ao episcopado, saiba que está desejando uma função sublime. 2Porque o bispo tem o dever de ser irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, modesto, hospitaleiro, capaz de ensinar. 3Não deve ser dado a bebidas nem violento, mas condescendente, pacífico, desinteressado. 4Deve saber governar bem sua casa, educar os filhos na obediência e castidade. 5Pois, quem não sabe governar a própria casa, como governará a Igreja de Deus? 6Não pode ser um recém-convertido para não acontecer que, ofuscado pela vaidade, venha a cair na mesma condenação que o demônio. 7Importa também que goze de boa consideração da parte dos de fora para que não se exponha à infâmia e caia nas armadilhas do diabo. 8Do mesmo modo os diáconos devem ser pessoas de respeito, homens de palavra, não inclinados à bebida, nem a lucro vergonhoso. 9Possuam o mistério da fé junto com uma consciência limpa. 10Antes de receber o cargo sejam examinados; se forem considerados dignos, poderão exercer o ministério. 11Também as mulheres devem ser honradas sem difamação mas sóbrias e fiéis em tudo. 12Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e saibam dirigir bem os seus filhos e a sua própria casa. 13Pois os que exercem bem o ministério, recebem uma posição de estima e muita liberdade para falar da fé em Cristo Jesus.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 100(101), 1-2ab. 2cd-3ab. 5. 6 (R. 2c)


℟. Viverei na pureza do meu coração!


— Eu quero cantar o amor e a justiça, cantar os meus hinos a vós, ó Senhor! Desejo trilhar o caminho do bem, mas quando vireis até mim, ó Senhor? ℟.

— Viverei na pureza do meu coração, no meio de toda a minha família. Diante dos olhos eu nunca terei qualquer coisa má, injustiça ou pecado. ℟.

— Farei que se cale diante de mim quem é falso e às ocultas difama seu próximo; o coração orgulhoso, o olhar arrogante não vou suportar e não quero nem ver. ℟.

— Aos fiéis desta terra eu volto meus olhos; que eles estejam bem perto de mim! Aquele que vive fazendo o bem será meu ministro, será meu amigo. ℟.


https://youtu.be/i6RNiq9RjhY
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou o seu povo. (Lc 7, 16) ℟.

Evangelho — Lc 7, 11-17


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!”

14Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” 15O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. 17E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira, e por toda a redondeza.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Mirábilis Deus in sanctis suis: Deus Israel, ipse dabit virtútem et fortitúdinem plebi suae: benedíctus Deus, allelúia. (Ps. 67, 36)


Vernáculo:
Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém! (Cf. LH: Sl 67, 36)

Sobre as Oferendas

Acolhei, Senhor, os dons do vosso povo, apresentados na paixão dos vossos santos mártires; as oferendas que deram a São Cornélio e São Cipriano admirável fortaleza na perseguição deem também a nós constância nas adversidades. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós ficastes comigo em minhas provações. Por isso vos confio o reino. Vós havereis de comer e beber à minha mesa no meu reino, diz o Senhor. (Lc 22, 28-30)

Ou:


Como é grande a recompensa dos santos junto de Deus: eles morreram por Cristo, e vivem eternamente.
Et si coram homínibus torménta passi sunt, Deus tentávit eos: tamquam aurum in fornáce probávit eos, et quasi holocáusta accépit eos. (Sap. 3, 4. 6; ℣. Cant. Sap. 3, 1. 2. 3. 5. 9ab. 9c)
Vernáculo:
Se aos olhos dos homens sofreram tormentos, sua esperança era plena de vida imortal. Como ouro os provou no calor da fornalha, como grande holocausto junto a si os acolheu: no dia da Vinda terão vida nova. (Cf. Saltério: Sb 3, 4. 6)

Depois da Comunhão

Senhor, nós vos pedimos humildemente que, pela participação nestes mistérios, a exemplo dos Santos mártires Cornélio e Cipriano, confirmados pela força do vosso Espírito, possamos dar testemunho da verdade do Evangelho. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 16/09/2025


O duelo de vida e morte que há em nós


As duas procissões que se cruzam no Evangelho de hoje, em Naim, simbolizam o duelo de vida e morte que se trava em nosso íntimo entre a lei da carne e as inspirações da graça divina.


O Evangelho de hoje conta-nos o belíssimo relato de Jesus ressuscitando o filho da viúva de Naim, que é narrado exclusivamente pelo evangelista São Lucas. Como todos os milagres que realiza, Jesus quer mostrar seu desejo de entrar em nossa vida e de revelar que Ele é, verdadeiramente, a vida que vem do Céu.A nossa vida humana, aqui neste mundo, é marcada pela morte, pois nossos primeiros pais, Adão e Eva, seduzidos por Satanás, desobedeceram a Deus e, dessa forma, criaram uma desordem em nosso interior. Por isso, os seres humanos têm uma inclinação para se afastar de Deus, embora tenhamos sido criados para Ele. Como diz Santo Agostinho: “Senhor, criaste-nos para Vós, e o nosso coração está inquieto até que não repouse em Vós”. O encontro da procissão que seguia Jesus, quando Ele entrou em Naim com os seus discípulos, com a procissão do cortejo fúnebre que estava saindo da cidade, mostra o choque da grande guerra que ocorre dentro de nós e faz com que, querendo o bem, façamos o mal. Recordando as palavras de São Paulo: “Não faço o bem que eu quero, mas faço o mal que eu não quero” (Rm 7, 19). Temos tanto a graça de Deus que opera em nosso coração e quer nos levar para a vida, quanto a inclinação para o mal que, em procissão, leva-nos para a perdição eterna; logo, há um duelo de vida e morte. A nossa vida humana, embora feita para Deus, está ferida pelo pecado e deseja nos arrastar para a miséria da morte eterna. Já a nossa vida divina, recebida por nós através do Batismo, convida-nos suavemente para o Céu. Portanto, peçamos a Jesus o toque da graça, onde Ele deterá a procissão mortífera que está dentro de nós e dirá: “Jovem, levanta-te”. Devemos escutar a doce voz de Nosso Senhor, mesmo quando acreditarmos que não temos mais jeito; mesmo quando olharmos para nosso interior e vermos que nem temos forças para amar e para vencer os pecados. Não podemos, com nossa esperança humana, esperar nada diante de um caixão, somente o enterro do morto. Contudo, espiritualmente falando, nossa situação é mais desesperadora do que um caixão.Por isso, se acharmos que conseguiremos ter uma boa vida com nossas próprias forças, nosso destino será a miséria, a danação e o Inferno. No entanto, se deixarmos Jesus entrar em nossa alma, tocando o nosso pobre coração e parando a procissão mortífera em que nos encontramos, poderemos ganhar a vida eterna, a vida da graça que espera por nós no Céu.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 16/09/2025

São Cornélio e São Cipriano (Memória)
Local: Roma, Itália; Cartago, Tunísia
Data: 16 de Setembro † 252; 258


A Igreja celebra juntamente a memória de Cornélio e de Cipriano, mortos em anos distintos, mas unidos por grande amizade e pelas mesmas preocupações pastorais. Nos dois santos são realçados os pastores dedicados e os mártires invencíveis. Cornélio foi o Papa que governou a Igreja de 251 a 253 e Cipriano foi bispo de Cartago de 249 a 258. Viveram no mesmo tempo difícil das perseguições e tiveram que enfrentar, tanto em Roma como em Cartago, a questão da reconciliação dos cristãos que tinham cedido às perseguições, os chamados lapsi (os que caíram), bem como a defesa da unidade da Igreja.

Cornélio: Nada se sabe sobre sua origem. Tornou-se Papa imediatamente depois da perseguição de Décio, que, além de muitas vítimas, deixou um saldo negativo muito grande de apostasias. A readmissão de tais apóstatas na comunidade cristã suscitou vivas polêmicas. Cornélio procurou facilitar a volta dos apóstatas arrependidos, usando sobretudo de misericórdia. Contra tal atitude compreensiva voltou-se o presbítero rigorista Novaciano, chefe da ala que excluía para sempre da comunhão eclesial os que haviam fraquejado na perseguição, constituindo-se como antipapa.

Depois da peste que se abateu sobre o Império Romano, da qual os cristãos foram incriminados, acusados de terem provocado a cólera dos deuses, o imperador Galo, que sucedeu a Décio, desencadeou nova perseguição. O papa Cornélio foi mandado para o exílio em Civitavecchia, perto de Roma, onde veio a falecer em 253. Não se sabe se Cornélio foi morto ou se morreu em consequência do exílio. No entanto, a começar por São Cipriano, ele sempre foi considerado e cultuado como mártir.

Cecilio Cipriano, popularmente conhecido como Tácio: Nasceu provavelmente em Cartago em torno de 210. Muito pouco se sabe de sua vida antes de sua conversão cristã. Era orador público, professor de Retórica e advogado nas cortes. Foi batizado na Páscoa de 246, tornando-se um novo homem e, em 249, foi eleito para a cátedra episcopal de Cartago.

Durante a perseguição foi envolvido na questão dos lapsi (os que tinham renegado a fé), tanto em Roma como na África. Tratava-se dos que tinham retornado à Igreja, mas não queriam submeter-se à penitência. São Cipriano lutou contra o sacerdote Novato, defensor do antipapa Novaciano, em Roma, e o diácono Felicíssimo, que elegera Fortunato como antibispo, enquanto Cipriano se mantinha oculto durante a perseguição, dirigindo por cartas a sua Igreja. Cessada essa perseguição, voltou a Cartago. Não demorou e foi exilado e, a 14 de setembro de 258, foi preso e decapitado em Sesti, perto de Cartago.

Entre os expoentes máximos, juntamente com Tertuliano, da primeira latinidade cristã, em seu magistério deu notável contribuição à doutrina sobre a unidade da Igreja reunida em torno da Eucaristia sob a direção do bispo. Na Carta 62 Cipriano mostra que o sacrifício da Eucaristia é sacrifício de Cristo e da Igreja. Ele expõe o sentido das gotas de água no vinho, no caso dos "aquaristas", que insistiam em celebrar a Eucaristia com pão e água, sem o vinho. Cipriano diz que devem por ao menos um pouco de vinho na água, pois senão nós estamos sozinhos sem o Cristo. Além das numerosas cartas pelas quais ele governava a Igreja em sua ausência, Cipriano escreveu vários tratados. Entre eles podemos citar o Tratado sobre a Unidade da Igreja, Tratado sobre os lapsi, Tratado sobre a mortalidade e um belo Tratado sobre a Oração do Senhor.

Cornélio e Cipriano, ambos pastores, ambos mártires, ambos incansáveis promotores da unidade da Igreja e defensores da reconciliação dos penitentes, embora sob condições diversas.

Estas características são expressas nas orações da Missa. Fé, coragem e promoção da unidade da Igreja, na Oração coleta. A Oração sobre as oferendas pede que, celebrando a paixão dos mártires, a Eucaristia nos torne firmes na adversidade, como os fez corajosos na perseguição. A Oração depois da Comunhão pede que pela Eucaristia que recebemos e pelos exemplos de São Cornélio e São Cipriano, sejamos fortalecidos pelo Espírito para dar testemunho do Evangelho.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil