São Pio de Pietrelcina, Presbítero, Memória
Antífona de entrada
Ou:
O Senhor a desposou para sempre, na fidelidade e na misericórdia (Cf. Os 2, 21-22).
Vernáculo:
Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração por vosso auxílio rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Cf. MR: Sl 12, 6) Sl. Até quando, ó Senhor, me esquecereis? Até quando escondereis a vossa face? (Cf. LH: Sl 12, 1)
Coleta
Deus eterno e todo-poderoso, que destes ao presbítero São Pio a graça singular de participar da cruz de vosso Filho e, por seu ministério, renovastes as maravilhas de vossa misericórdia, concedei-nos, por sua intercessão, que nos associemos continuamente à paixão de Cristo e cheguemos alegremente à glória da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — Esd 6, 7-8. 12b. 14-20
Leitura do Livro de Esdras
Naqueles dias, 7o rei Dario escreveu ao governador do território da outra margem do rio Eufrates: “Deixa que prossigam os trabalhos no templo de Deus. Que o governador de Judá e os anciãos dos judeus edifiquem a casa de Deus no seu lugar. 8Também ordenei como se deve proceder com aqueles anciãos dos judeus que constroem aquela casa de Deus: com os bens do rei, deveis reembolsar religiosamente e sem interrupção aqueles homens por tudo o que gastarem. 12bEu, Dario, dei esta ordem. Que ela seja pontualmente executada!”
14E os anciãos dos judeus continuaram a construir, com êxito, de acordo com a profecia de Ageu, o profeta, e de Zacarias, filho de Ado, e puderam terminar a construção conforme a ordem do Deus de Israel e as ordens de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, reis da Pérsia. 15Esta casa de Deus foi concluída no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado de Dario. 16Os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas e o resto dos repatriados, celebraram com alegria a dedicação desta casa de Deus. 17Ofereceram, para a inauguração desta casa de Deus, cem touros, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros e, como sacrifício pelo pecado de todo o Israel, doze bodes, segundo o número das tribos de Israel.
18Estabeleceram também os sacerdotes, segundo suas categorias, e os levitas, segundo suas classes, para o serviço de Deus, em Jerusalém, como está escrito no livro de Moisés. 19Os deportados celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês. 20Como todos os levitas se haviam purificado, juntamente com os sacerdotes, estavam puros; e, assim, imolavam a Páscoa para todos os filhos do cativeiro, para os sacerdotes seus irmãos e para eles próprios.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 121(122), 1-2. 3-4a. 4b-5 (R. cf. 1)
℟. Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
— Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. ℟.
— Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. ℟.
— Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi. ℟.
℣. Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11, 28) ℟.
Evangelho — Lc 8, 19-21
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 19a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto dele, por causa da multidão. 20Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te ver”. 21Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)
Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)
Sobre as Oferendas
Deus de clemência, desfeito em São Pio de Pietrelcina o velho homem, vos dignastes formar nele uma nova criatura à vossa imagem; concedei benigno que nós, igualmente renovados, vos ofereçamos este agradável sacrifício de reconciliação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Minha herança é o Senhor: ele é bom para quem o procura (Cf. Lm 3, 24-25).
Vel:
Multitudo languentium, et qui vexabantur a spiritibus immundis, veniebant ad eum: quia virtus de illo exibat, et sanabat omnes. (Lc. 6, 17. 18. 19; ℣. Ps. 33, 2. 6. 16. 18. 19. 20. 21. 23; p.471)
Vernáculo:
Feliz o servo que o Senhor, ao chegar, encontrar acordado; em verdade vos digo: Ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. (Cf. MR: Mt 24, 46-47)
Ou:
Muitos dos seus discípulos e uma grande multidão do povo vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados. E toda a multidão tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos. (Cf. Bíblia CNBB: Lc 6, 17b. 18. 19)
Depois da Comunhão
Senhor, pela força deste sacramento, conduzi-nos constantemente no vosso amor e, como fizestes a São Pio de Pietrelcina, completai a boa obra que em nós começastes, até o dia de Cristo Jesus. Que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Homilia do dia 23/09/2025
Maria, bem-aventurada porque creu
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”.
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”. Essas palavras que nos refere hoje o Evangelho não significam, como poderíamos ser tentados a pensar, que Jesus despreze ou faça pouco caso de sua Mãe. Ao contrário, contêm o maior elogio que a Maria se pode fazer, pois ninguém, depois de Cristo, cumpriu de maneira tão perfeita a Palavra de Deus como ela. Com isto, Jesus nos quis dizer duas coisas, a saber: a) que em seu ministério público como Messias não depende dos laços de sangue, mas somente da vontade de seu Pai celeste, b) e que o parentesco mais profundo e verdadeiro com Ele se estabelece pelos vínculos da graça divina, muito mais do que pelos vínculos da carne. Nesse sentido, pode-se dizer que Maria era mais parente de Jesus pela plenitude imensa de graça que a fazia tão agradável a Deus do que pelo fato de o ter concebido em suas entranhas virginais e dado à luz em Belém. Encontramos essa mesma doutrina na resposta que, em situação muito parecida, dá Jesus ao grito entusiasmado de uma mulher do povo: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram!” (Lc 11, 27). Ao dizer, com efeito, que são mais “bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a observam” (Lc 11, 28), o Senhor não nega o elogio feito à sua Mãe SS., mas dele se aproveita para ensinar que os vínculos sobrenaturais que estabelece a graça divina em quem ouve a Palavra de Deus e a põe em prática são, em si mesmos, mais valiosos e profundos do que os vínculos estabelecidos naturalmente pelo parentesco de sangue. Ora, a Virgem SS. possui em grau superlativo esses dois vínculos: ela é Mãe na ordem natural, por ter concebido a Cristo em seu puríssimo seio, e cheia de graça na ordem sobrenatural. Por isso, não só tinha a razão a mulher que gritou: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe”, senão que Jesus mesmo o confirma, acrescentando que Maria, além de bendita por ser Mãe, é ainda mais bem-aventurada, por ser a primeira dos que “ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”.
Deus abençoe você!
Santo do dia 23/09/2025
São Pio de Pietrelcina (Memória)
Local: Apúlia, Itália
Data: 23 de Setembro † 1968
Este muito digno seguidor de São Francisco de Assis nasceu em 25 de maio de 1887 em Pietrelcina, na Arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio. Ele foi batizado no dia seguinte com o nome de Francesco Forgione. Aos 12 anos recebeu o sacramento da Confirmação e da Primeira Comunhão.
Aos 16 anos, no dia 6 de janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos de Morcone, onde no dia 22 do mesmo mês assumiu o hábito franciscano e foi chamado de Frei Pio. No final do ano do noviciado emitiu os votos simples e, a 27 de janeiro de 1907, os votos solenes.
Depois da ordenação sacerdotal, recebida a 10 de agosto de 1910 em Benevento, permaneceu na família até 1916 por motivos de saúde. Em setembro do mesmo ano foi enviado para o convento de San Giovanni Rotondo, onde permaneceu até sua morte.
Iluminado pelo amor de Deus e pelo amor ao próximo, Padre Pio viveu a sua vocação à plenitude de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida e que desempenhou através da direção espiritual dos fiéis, pela reconciliação sacramental dos penitentes e pela celebração da Eucaristia. O momento culminante de sua atividade apostólica foi aquele em que celebrou a Santa Missa. Os fiéis que dela participaram perceberam o ápice e a plenitude de sua espiritualidade.
No plano da caridade social, trabalhou para aliviar a dor e a miséria de muitas famílias, principalmente com a fundação da "Casa Sollievo della Sofferenza", inaugurada em 5 de maio de 1956.
Para o Padre Pio, fé era vida: ele queria tudo e tudo fazia à luz da fé. Ele estava assiduamente orando. Passou o dia e a maior parte da noite conversando com Deus e disse: “Nos livros buscamos a Deus, na oração o encontramos. A oração é a chave que abre o coração de Deus ”. A fé sempre o levou a aceitar a misteriosa Vontade de Deus.
Ele sempre estava imerso em realidades sobrenaturais. Ele não era apenas um homem de esperança e total confiança em Deus, mas infundia essas virtudes em todos os que se aproximavam dele, com palavras e exemplo.
O amor de Deus o encheu, satisfazendo todas as suas expectativas; a caridade era o princípio inspirador de sua época: amar a Deus e ser amado por Deus. A sua preocupação particular: crescer e fazer crescer na caridade.
Expressou a máxima caridade para com o próximo acolhendo, durante mais de 50 anos, muitas pessoas que se aglomeraram no seu ministério e confessionário, para o seu conselho e conforto. Foi quase um cerco: procuravam-no na igreja, na sacristia, no convento. E ele se entregou a todos, reavivando a fé, distribuindo graça, trazendo luz. Mas sobretudo nos pobres, sofredores e enfermos, viu a imagem de Cristo e se entregou especialmente por eles.
Ele exerceu a virtude da prudência de maneira exemplar, atuou e aconselhou à luz de Deus.
Seu interesse era a glória de Deus e o bem das almas. Ele tratou a todos com justiça, lealdade e grande respeito.
A virtude da fortaleza brilhou nele. Ele logo entendeu que seu caminho seria o da Cruz e imediatamente o aceitou com coragem e por amor. Ele experimentou os sofrimentos da alma por muitos anos. Durante anos, ele suportou as dores de suas feridas com admirável serenidade.
Quando teve que se submeter a investigações e restrições em seu serviço sacerdotal, tudo aceitou com profunda humildade e resignação. Diante de acusações injustificadas e calúnias, ele sempre se calou, confiando no julgamento de Deus, de seus superiores diretos e de sua própria consciência.
Costumava usar a mortificação para atingir a virtude da temperança, de acordo com o estilo franciscano. Ele era temperante na mentalidade e no modo de vida.
Consciente dos compromissos assumidos com a vida consagrada, observou com generosidade os votos professados. Ele obedecia em tudo às ordens de seus superiores, mesmo quando eram pesadas. Sua obediência era sobrenatural em intenção, universal em extensão e integral em execução. Ele exerceu o espírito de pobreza com total desapego de si mesmo, dos bens terrenos, confortos e honras. Ele gostava muito da virtude da castidade. Seu comportamento era modesto em todos os lugares e com todos.
Ele se considerava sinceramente inútil, indigno dos dons de Deus, cheio de miséria e ao mesmo tempo de graças divinas. Em meio a tanta admiração do mundo, ele repetiu: “Eu só quero ser um pobre frade que reza”.
Sua saúde, desde a juventude, não foi muito próspera e, especialmente nos últimos anos de sua vida, piorou rapidamente. A Irmã Morte o pegou preparado e sereno em 23 de setembro de 1968, aos 81 anos. Seu funeral foi caracterizado por uma multidão de pessoas completamente extraordinária.
Sob o pontificado do Papa São João Paulo II foi beatificado no dia 02 de maio de 1999 e canonizado a 16 de junho de 2002.
Fonte: causesanti.va
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!